Wednesday 20 July 2016

003.01 - Princípios da argumentação - Exercícios

1) (2006 - FCC) Considere os argumentos abaixo:
Argumento Premissa 1 Premissa 2 Conclusão
I A→B A B
II A→B ~A ~B
III A→B ~B ~A
IV A→B B A
Indicando-se os argumentos legítimos por L e os ilegítimos por I, obtêm-se, na ordem dada,
A) L, I, L, I.
B) I, L, I, L.
C) I, I, I, I.
D) L, L, I, L.
E) L, L, L, L.


O argumento I é legítimo, chama-se Modus Ponens.
Exemplo:
Premissa 1: “Se for 25 de dezembro, então é Natal”.
Premissa 2: “É 25 de dezembro”.
Conclusão: “É Natal”
.

O argumento II é ilegítimo, trata-se da negação do antecedente.
Exemplo:
Premissa 1: “Se correu, então está cansado”.
Premissa 2: “Não correu”.
Conclusão: “Não está cansado”
(Conclusão falaciosa, pois não decorre das premissas. Pode-se estar cansado por outros motivos).

O argumento III é legítimo, chama-se Modus Tollens.
Exemplo:
Premissa 1: “Se choveu, então está molhado”.
Premissa 2: “Não está molhado”.
Conclusão: Não choveu, pois se tivesse chovido, estaria molhado.


O argumento IV é ilegítimo. É uma afirmação do consequente.
Exemplo:
Premissa 1: “Se penso, logo existe”.
Premissa 2: “Pedras existem”.
Conclusão: “Logo, pedras pensam”.




2) (2012 - FCC) Considere a seguinte análise, feita por um comentarista esportivo durante um torneio de futebol. 

Se o Brasil vencer ou empatar o jogo contra o Equador, então estará classificado para a semifinal, independentemente de outros resultados. Classificando-se para a semifinal, a equipe brasileira vai enfrentar o Uruguai. 


De acordo com essa análise, conclui-se que:


A) Se o Brasil não enfrentar o Uruguai, necessariamente terá perdido o jogo para o Equador.
B) Se o Brasil não se classificar para a semifinal, terá necessariamente empatado o jogo com o Equador.
C) Se o Brasil enfrentar o Uruguai, necessariamente terá vencido ou empatado seu jogo contra o Equador.
D) Se o Brasil perder seu jogo contra o Equador, necessariamente não se classificará para a semifinal.
E) Se o Brasil se classificar para a semifinal, então necessariamente não terá sido derrotado pelo Equador.


Admitimos três possíveis resultados excludentes para o jogo do Brasil contra o Equador: vitória, derrota ou empate.
Adotamos as seguinte abreviações:
D = Brasil é derrotado pelo Equador;
~D = Brasil ganha ou empata contra o Equador;

S = Brasil vai para a semifinal;
U = Brasil joga contra o Uruguai.
As premissas do enunciado podem ser transcritas para a simbologia lógica da seguinte maneira:
~D → S
S → U

A) Correta. Usando a “Implicação Material” nas premissas 1 e 2, resulta em:
~S → D
~U → ~S.
Logo: ~U → ~S → D
Ou seja, se o Brasil não jogou contra o Uruguai é porque o Brasil não participou da semifinal. E se o Brasil não participou da semifinal é porque o Brasil foi derrotado pelo Equador.

B) Errada. Segundo o enunciado, se o Brasil empatar ou vencer o jogo contra o Equador, então estará na semifinal. Ora, se o Brasil não se classificar para a semifinal terá necessariamente sido derrotado no jogo com o Equador.

C) Errada. É a falácia da afirmação do consequente, isto é, a conclusão não deriva das premissas do enunciado (non sequitur).
~D→S→U não significa que U→S→~D.

D) Errada por ser uma negação do antecedente, uma falácia do tipo non sequitur. ~D→S não significa que D→~S.

E) Errada pela mesma razão que a letra C, falácia da afirmação do consequente.
~D→S não significa que S→~D.



3) (2008 - Cespe) Considere as proposições:
I. Ninguém será considerado culpado ou condenado sem julgamento.
II. Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o direito de herança.


Suponha que sejam verdadeiras as seguintes proposições.
III. Joaquina não tem garantido o direito de herança.
IV. Todos aqueles que têm direito de herança são cidadãos de muita sorte.
 

Se III e IV acima, e II, do texto, são premissas de um argumento, assinale a opção correspondente à “conclusão”, que forma com essas premissas um argumento válido.
 

A) Joaquina não é cidadã de muita sorte.
B) Todos os que têm direito de herança são cidadãos brasileiros.
C) Joaquina não é cidadã brasileira.
D) Ou todos não têm direito de herança ou todos não são cidadãos brasileiros.
E) Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte.


Vamos adotar as seguintes abreviações:
B = É cidadão brasileiro;
H = Tem direito à herança;
J = A cidadã é a Joaquina;
S = É cidadão de muita sorte.

Premissa II: B→H
Premissa III: J→~H
Premissa IV: H→S

A) Errada. Negação do antecedente. Não ter direito à herança não implica em não ser de muita sorte, isto é, H→S não significa que ~H→~S.

B) Errada. Afirmação do consequente. Pode ser que algum outro país também preveja o direito à herança e isso não invalida as premissas do enunciado.

C) Certa. Pode-se reescrever a premissa II usando a transposição para obter a seguinte equivalência:
~H→~B.
A premissa III afirma que:
J→~H.
Unindo as duas informações, conclui-se pelo "silogismo hipotético" que: J→~B, ou seja, Joaquina não é brasileira. Se ela fosse brasileira, então ela teria direito à herança conforme afirma a premissa II.

D) Errada. O Cespe não usa disjunção exclusiva mesmo quando o "ou" antecede cada trecho da frase. Usando a "implicação material" e, em seguida, a "regra comutativa" da disjunção inclusiva, a premissa II equivale a:
~B v H ≡ H v ~B
Leia-se: Ou tem direito a herança ou não é cidadão brasileiro.

E) Errada. Segundo o enunciado, ter direito à herança implica em ser de muita sorte. O fato de Joaquina não ser brasileira ou não ter direito à herança não implica em não ter muita sorte. Pode ser que ela tenha muita sorte em outros aspectos. A assertiva é mais uma negação do consequente.



4) (2014 - COPEVE) Considere o seguinte argumento:
Se Diana nada espera da vida, então ela não será decepcionada.
Diana nada espera da vida. Logo, Diana não será decepcionada.
Qual o nome da regra de inferência aplicada?
A) Silogismo hipotético
B) Silogismo disjuntivo
C) Modus Ponens
D) Modus Tolens
E) Dilema Construtivo


Se admitirmos que
P = Diana nada espera da vida;
Q = Ela não será decepcionada.
Então o enunciado pode ser transcrito para a simbologia lógica:
Premissa 1: P → Q
Premissa 2: P
Conclusão: Q

Esse tipo de argumento é conhecido como Modus Ponens (significa "A maneira de se colocar" em latim).

Um argumento Modus Tollens ("A forma de se tomar") segue a ordem:
Premissa 1: P → Q
Premissa 2: ~Q
Conclusão: ~P

O Silogismo Disjuntivo:
Premissa 1: P v Q
Premissa 2: ~P
Conclusão: Q

As outras duas assertivas representam argumentos que precisam de 3 parâmetros.
Silogismo hipotético:
Premissa 1: P → Q
Premissa 2: Q → R
Conclusão: P → R

Dilema Construtivo:
Premissa 1: P → Q
Premissa 2: R → S
Premissa 3: P v R
Conclusão: Q v S



5) (2015 - Prefeitura do Rio de Janeiro) Considerem-se os seguintes argumentos:
Argumento 1
Premissa 1: Se Maria come de tudo, então João não reclama.
Premissa 2: Maria come de tudo.
Conclusão: João não reclama.

Argumento 2
Premissa 1: Se José está sem dinheiro, então Antônio está infeliz.
Premissa 2: Antônio está infeliz.
Conclusão: José está sem dinheiro.

Os argumentos 1 e 2 são classificados, respectivamente, como:

A) válido e válido.
B) inválido e válido.
C) válido e inválido.
D) inválido e inválido.


O primeiro argumento é válido, chama-se Modus Ponens e segue o rito:
Premissa 1: P → Q
Premissa 2: P
Conclusão: Q

O segundo argumento é a falácia da afirmação do consequente. Caracterizado pelo seguinte raciocínio errado:
Premissa 1: P → Q
Premissa 2: Q
Conclusão: P



6) (2015 - FCC) Considere verdadeiras as afirmações:
− Daniel não bebe cerveja.
− Se André prefere doces, então Bernardo bebe água.
− Se Caio gosta de feijoada, então Daniel bebe cerveja.
− Bernardo bebe água ou Caio gosta de feijoada.
A partir dessas afirmações é possível concluir, corretamente, que
A) Bernardo não bebe água ou André não prefere doces.
B) Caio gosta de feijoada e Bernardo bebe água.
C) André prefere doces e Daniel não bebe cerveja.
D) Caio não gosta de feijoada ou André prefere doces.
E) Caio não gosta de feijoada e Daniel bebe cerveja.


Vamos adotar as abreviações:
A = André prefere doces
B = Bernardo bebe água
C = Caio gosta de feijoada
D = Daniel bebe cerveja

Enunciado:
Premissa 1: ~D
Premissa 2: A → B
Premissa 3: C → D
Premissa 4: B v C

Juntando a premissas 1 e 2, conclui-se ~C pelo argumento Modus Tollens.
Premissa 3: C → D
Premissa 1: ~D
Conclusão 1: ~C

Usando essa conclusão em conjunto com a premissa 4, conclui-se B, pelo Silogismo Disjuntivo.
Premissa 3: B v C
Premissa 5: ~C
Conclusão: B

Nada pode-se dizer sobre André.
A letra A está errada, pois sabe-se que Bernardo bebe água, enquanto que não temos informações suficientes sobre André. Portanto, ~B v ~A pode ser tanto verdadeiro quanto falso.
A letra B está errada, pois (C ^ B) é Falso, já que C é falso.
A letra C é falsa pelo mesmo motivo da letra A.
A letra D está correta, pois ~C v A é verdadeiro independentemente do valor de A.
A letra E está errada, porque Daniel não bebe cerveja. Basta uma falsa para que uma proposição composta por conjunção seja falsa também.



7) (2010 - UFMG) Considere as premissas:

• Andrea não é loira ou Paula é alta.
• Paula não é alta ou Carla é baixa.
• Paula é alta ou Carla é baixa ou Andrea é loira.
• Andrea é loira ou Carla não é baixa.

A partir dessas premissas, é CORRETO afirmar que

A) Andrea não é loira, Paula é alta, Carla é baixa.
B) Andrea não é loira, Paula não é alta, Carla não é baixa.
C) Andrea é loira, Paula é alta, Carla não é baixa.
D) Andrea é loira, Paula é alta, Carla é baixa.


Adotamos as abreviações:
A = Andrea é loira.
C = Carla é baixa.
P = Paula é alta.

Enunciado:
Premissa 1: ~A v P
Premissa 2: ~P v C
Premissa 3: P v C v A
Premissa 4: A v ~C

A letra A diz (~A ^ P ^ C) e contradiz a premissa 4 do enunciado.
A letra B diz (~A ^ ~P ^ ~C) e contradiz a premissa 3 do enunciado.
A letra C diz (A ^ P ^ ~C) e contradiz a premissa 2 do enunciado.
Só sobra a letra D que está de acordo com todas as premissas do enunciado.
Tabela Verdade:




8) (2013 - PUCPR) Assinale a alternativa que contém argumentos válidos, sob o ponto de vista lógico.

A) Ostra é um crustáceo.
Gato não é ostra.
Conclusão: gato não é crustáceo.

B) Alguns carecas são ricos.
Todos os ricos são saudáveis.
O homem é careca.
Conclusão: o homem é saudável.

C) Todo A é B.
Algum C é B.
Logo, algum C é A.

D) Algum A é B.
Algum C é B.
Logo, algum A é C.

E) Todos os mamíferos são bons nadadores.
Todas as pedras são vegetais.
Todos os vegetais são mamíferos.
Conclusão: todas as pedras são boas nadadoras.


Um argumento é válido se a veracidade da conclusão decorrer da veracidade das premissas. Se as premissas são verdadeiras, então a conclusão também deve ser verdadeira.
Se encontrar pelo menos um caso em que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão seja falsa, então o argumento não é válido.

A letra A é uma negação do antecedente, pois assume erroneamente que se gato não é ostra, então é crustáceo.

A letra B está errada porque não necessariamente o homem faz parte do grupo dos carecas ricos, visto que apenas "alguns carecas são ricos" segundo o enunciado.

A letra C está errada porque o conjunto A está inserido dentro do conjunto B, mas não necessariamente o preenche. Ou seja, pode existir B que não seja A e coincidir com que alguns C seja justamente os B que não são A.

A letra D está errada. A ilustração demonstra um caso em que as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa.


A letra E está certa pois todas as pedras são vegetais, todos os vegetais são mamíferos e todos os mamíferos são bons nadadores. Logo se esses absurdos fossem verdadeiros, a conclusão também seria. Enquanto à estrutura do argumento, trata-se de um argumento válido.



9) (2009 - Cespe) Julgue o item a seguir, acerca de raciocínio lógico.

Se as proposições “Se chove, as ruas da cidade de Vitória estão molhadas"; “As ruas da cidade de Vitória estão molhadas" e “Está chovendo na cidade de Vitória", em que duas primeiras são premissas e a terceira é a conclusão de um argumento, então é correto afirmar que esse argumento é um argumento válido.

Adotamos as abreviações:
P = Está chovendo;
Q = As ruas da cidade de Vitória estão molhadas.

O argumento do enunciado pode ser transcrito:
Premissa 1: P → Q
Premissa 2: Q
Conclusão: P

É um caso da falácia da afirmação do consequente. Um famoso argumento inválido.


10) (2014 - CONSULPLAN) Considere os seguintes argumentos:

Argumento I
p1: Trabalho se e somente se estudo.
p2: Terei sucesso, se trabalhar e for proativo.
p3: Não estudei, mas sou proativo.
c: Logo, não terei sucesso.

Argumento II
p1: Gosto de estudar e sou aventureiro.
p2: Gosto de trabalhar ou de viajar.
p3: Se sou aventureiro, então gosto de viajar.
c: Logo, não gosto de trabalhar.

É correto afirmar que:
A) Os argumentos I e II são válidos.
B) Ambos os argumentos, I e II, são inválidos.
C) No argumento I, a conclusão é consequência de suas premissas.
D) Apenas no argumento II, a conclusão é consequência de suas premissas.


Para o argumento I, considere as abreviações e seguinte transcrição para simbologia lógica:
E = Estudo;
P = Sou proativo;
S = Terei sucesso;
T = Trabalho.

Premissa 1: T ↔ E
Premissa 2: (T ^ P) → S
Premissa 3: ~E ^ P
Conclusão: ~S

Para o argumento ser válido, é necessário que a conclusão seja decorrência das premissas. Isto é, se as premissas forem verdadeiras, então necessariamente a conclusão também será verdadeira.
A segunda premissa é a única que tem relação direta com a conclusão. Porém, não há nada nela que force S a ser falso.
Se (T ^ P) forem verdadeiro, então S precisa ser verdadeiro.
Se (T ^ P) forem falso, então S pode ser tanto verdadeiro quanto falso.
Logo, ~S não segue das premissas e o argumento é inválido.
Tabela verdade para provar:


Para o argumento II, considere as abreviações e seguinte transcrição para simbologia lógica:
A = Sou aventureiro;
E = Gosto de Estudar;
T = Gosto de trabalhar;
J = Gosto de viajar;

Premissa 1: E ^ A
Premissa 2: T v J
Premissa 3: A → J
Conclusão: ~T

Novamente só a premissa 2 tem relação direta com a conclusão pois é a única premissa em que T aparece. E mais uma vez não há nada que force T ser falso.
Se J for falso, então T deve ser verdadeiro.
Se J for verdadeiro, então T pode ser verdadeiro ou falso.
Logo, ~T não é uma conclusão que decorra das premissas.
Tabela verdade para tirar a prova:




11) (2014 - VUNESP) Considere verdadeiras as premissas I, II e III.

I. Se Cláudio é médico, então Ana é advogada.
II. Se Marcelo é professor, então Débora é dentista.
III. Ana não é advogada ou Débora não é dentista.

A alternativa que contém uma conclusão que pode ser associada às premissas apresentadas, de modo a constituir um argumento válido, é:
A) Marcelo não é professor.
B) Cláudio é médico e Débora não é dentista.
C) Marcelo é professor e Ana é advogada.
D) Cláudio não é médico ou Marcelo não é professor.
E) Cláudio é médico e Marcelo é professor.

Às abreviações:
A = Ana é advogada;
C = Cláudio é médico;
D = Débora é dentista;
M = Marcelo é professor.

Enunciado
Premissa 1: C → A
Premissa 2: M → D
Premissa 3: ~A v ~D

Pelo Dilema Construtivo, conclui-se ~C v ~M que é a letra D.
A transposição das premissas 1 e 2 nos levam às seguintes equivalências:
~A → ~C
~D → ~M
Juntando as três premissas nesse formato fica mais clara a conclusão do argumento Dilema Construtivo.
Se nada mais funcionar e você tiver tempo de sobra, a tabela verdade dá o veredito final. A conclusão da letra D é verdadeira sempre que todas as premissas forem verdadeiras.




12) (2010 - MSCONCURSOS) Observe o argumento:
P1: Toda água do mar é salgada.
P2: Tudo que é salgado é vermelho.
C: Logo, toda água do mar é vermelha.
Chamando o argumento de A, as premissas de P1 e P2 e a conclusão de C,
é correto afirmar que:
A) A é válido, P1 é verdadeira e P2 e C são falsas.
B) A é válido, P1 e P2 são verdadeiras e C é falsa.
C) A é inválido, P1 é verdadeira e P2 e C são falsas.
D) A é inválido e P1 e C são verdadeiras.


O argumento A é válido, já que se as premissas fossem verdadeiras, então a conclusão seria verdadeira. Lembre-se que a validade de um argumento está associado à sua estrutura.
A premissa 1 é verdadeira, pois água do mar é dita salgada.
A premissa 2 não é falsa, porque nem tudo que é salgado é vermelho. Por exemplo, sal refinado é branco.
A conclusão também é falsa, visto que a água do mar, via de regra, é azul.
Gabarito, letra A.



13) (2013 - VUNESP) (passível de anulação) Quando um argumento dedutivo é válido, isso significa que
A) se as premissas são falsas, a conclusão é falsa.
B) premissas e conclusão devem ter sempre o mesmo valor de verdade.
C) se a conclusão é falsa, deve haver alguma premissa falsa.
D) não existe situação em que as premissas são verdadeiras e a conclusão falsa.
E) as premissas são sempre verdadeiras.


O argumento dedutivo é aquele que parte do geral para o particular. Outra característica importante do argumento dedutivo válido é que suas premissas fornecem evidência incontestável para a conclusão. Isto é, se as premissas são verdadeiras, então consequentemente a conclusão também é verdadeira.
Equivale dizer que "se a conclusão não é verdadeira, então pelo menos uma premissa é falsa" tal qual está na letra C.
A letra D também está correta.
A questão deveria ter sido anulada.

A letra A está errada porque é possível o argumento ser válido (estrutura) e as premissas e a conclusões serem falsas:
Exemplo de argumento válido
Premissa 1: Todo cachorro é violento (falso)
Premissa 2: O Nobel da Paz é um cachorro (falso)
Conclusão: O Nobel da Paz é violento (falso)


A letra B está errada porque é possível ter premissas falsas e a conclusão verdadeira. Exemplo de argumento válido
Premissa 1: Todo peixe é um detetive (falso)
Premissa 2: O Sherlock Holmes é um peixe (falso)
Conclusão: O Sherlock Holmes é um detetive (verdadeiro)


A letra E está errada porque essa é uma característica do argumento válido sólido ou correto.
Conforme demonstrado é possível haver argumento dedutivo válido em que as premissas são falsas e a conclusão é ora verdadeira, ora falsa.



14) (2016 - COPEVE-UFAL) Das premissas,

I. Jorge é jogador de tênis ou Carla é cientista;
II. Se Carla é cientista então Bárbara é bióloga;
III. Se Bárbara é bióloga então Mariana é médica.

é correto inferir que se


A) Bárbara é bióloga, Carla é cientista.
B) Carla é cientista, Mariana não é médica.
C) Jorge é jogador de tênis, Bárbara é bióloga.
D) Bárbara não é bióloga, Mariana não é médica.
E) Jorge não é jogador de tênis, Bárbara é bióloga.


Proposições convertidas à simbologia lógica:
J = Jorge é jogador de tênis
C = Carla é cientista
B = Bárbara é bióloga
M = Mariana é médica.

Enunciado (premissas):
I. J v C
II. C → B
III. B → M

Assertivas:
A) B → C
Errada, é uma falácia da afirmação do consequente da premissa II.

B) C → ~M
Errada, a conclusão válida a partir das premissas II e III seria C → M, pois se segunda a premissa II C → B e segundo a premissa III B → M.
Pelo silogismo hipotético (C → B) ^ (B → M) ≡ (C → M)

C) J → B
Errada, J não implica em nada.

D) ~B → ~M
Errada, é uma falácia de negação do antecedente da premissa III.

E) ~J → B
CERTA. Pelo Silogismo disjuntivo na premissa I: (~J) ~ (J v C) ≡ C
Pelo Modus Ponens na premissa II: (C) ^ (C → B) ≡ B
Resumindo: ~J → C e C → B.
Segue que ~J → B.



15) (2010 - COPS-UEL) Considere as seguintes proposições: (p ∧ r) → q, p ∨ q, q' onde q' é a negação de q.
Assinale a alternativa correta.
A) As alternativas são contraditórias, já que não poderiam ser verdadeiras ao mesmo tempo.
B) A proposição r' é uma consequência das proposições dadas, uma vez que (p ∧ r) → q ∧ p ∨ q ∧ q' ) → r' é uma tautologia.
C) As três proposições dadas podem ser verdadeiras, mesmo quando p é falsa.
D) A proposição q' → (p ∨ q) é uma tautologia.
E) As três proposições podem ser falsas ao mesmo tempo.


Premissas:
(A) (P ^ R) → Q
(B) P v Q
(C) ~Q

A partir das premissas (A) e (C), conclui-se (~P v ~R) por meio da Transposição e Teorema de DeMorgan:
Oriignal: (P ^ R) → Q
Transposição: ~Q → ~(P ^ R)
Teorema de DeMorgan: ~Q → (~P v ~R)

A partir das premissas (B) e (C), conclui-se P pelo Silogismo Disjuntivo.

Conclusões:
(~P v ~R) ^ P
O que equivale a ~R pelo Silogismo Disjuntivo.

"A proposição r' é uma consequência das proposições dadas, uma vez que (p ∧ r) → q ∧ p ∨ q ∧ q' ) → r' é uma tautologia."
Letra B.

A letra A está errada. Tome (P, Q, R) = (V, F, F) e as três premissas são verdadaieras ao mesmo tempo.

A letra C está errada. Se P for falso, então ora P v Q, ora ~Q será falso. Impossível manter a veracidades das duas últimas premissas com P sendo falso.

A letra D está errada. Para (P,Q) = (F,F) a proposição ~Q→(PvQ) é falsa. Nesse caso, a assertiva não faz menção às premissas do enunciado, portanto, não há mecanismo que faça com que P seja necessariamente verdadeiro.

A letra E está errada. Se ~Q é falso, então Q é verdadeiro. Se Q é verdadeiro, então a premissa (P v Q) é verdadeira. Ou seja, é impossível que ~Q e (P v Q) sejam ambos falsos.



16) (2015 - COPEVE-UFAL) Se Bete concluir o relatório antes do prazo, receberá um aumento. Caso Bete receba um aumento, comprará uma máquina fotográfica melhor. Bete terá fotos melhores se obtiver uma máquina fotográfica melhor. Nesse contexto, é correto inferir que
a) Bete terá fotos melhores.
b) Bete não terá um aumento.
c) se Bete não concluir o relatório antes do prazo, não receberá um aumento.
d) se Bete comprar uma máquina fotográfica melhor, é porque recebeu um aumento.
e) se Bete concluir o relatório antes do prazo, obterá uma máquina fotográfica melhor.


Proposições:
P = Bete conclui o relatório antes do prazo;
Q = Bete recebe um aumento;
R = Bete uma máquina fotográfica melhor;
S = Bete tem fotos melhores.

Premissas:
P → Q
Q → R
R → S

A e B estão erradas. Não são conclusões válidas a partir de condições hipotéticas.
C está errada é uma falácia da negação do antecedente: ~P → ~Q.
D está errada é uma falácia da afirmação do consequente: R → Q.
E está certa é o silogismo hipotético (P → Q) ^ (Q → R) ≡ P → R

https://pt.wikipedia.org/wiki/Silogismo_hipot%C3%A9tico

1 comment:

Unknown said...

Muito Obrigada!!!